Preparando-se para o pior: ajudas ao Stress III
Como ocorre o condicionamento de estresse das comunidades microbianas do solo?
O Fator da disponibilidade de água talvez seja o fator mais limitante para o crescimento das plantas, especialmente em períodos de seca, até mesmo em sistemas de cultivo irrigado, que podem reduzir o estabelecimento de plantas e representar um grande obstáculo para a restauração ecológica em muitos ecossistemas terrestres, considerando que as previsões climáticas indicam um aumento de temperatura em um cenário global o que afeta no regime de chuvas, apontando em uma irregularidade de precipitações pluviométricas, impactando diretamente ecosistemas aridos e semi-aridos.
Trabalhos recentes demonstraram que as comunidades microbianas do solo condicionadas pela seca podem ser particularmente, úteis na mitigação dos impactos do estresse hídrico no desempenho da planta. Em outro estudo, exploraram o uso de cepas de fungos micorrízicos arbusculares tolerantes à seca para promover o estabelecimento de cultivos de milho em áreas de sequeiro
Em 25 locais agrícolas semi-áridos, e as cepas bacterianas isoladas mostraram melhorar a tolerância à seca das mudas de milho. descobrindo que as cepas nativas isoladas de locais secos foram mais eficazes em melhorar a tolerância da planta à seca do que aquelas isoladas de locais não secos. O que isso quer dizer? Significa que microrganismos “sobreviventes” que passaram por esse stres abiótico, herdam essa adaptabilidade, e consequentemente, podem e favorecem os cultivos, quando aplicados a nivel experimental.
Fatores estressantes e implicações na biota do solo
As temperaturas elevadas inibem o processo fotossíntético e outros diversos processos fisiológicos nas plantas, como efeito regulatorio para exacerbar o estresse hídrico e levar ao aumento do estresse oxidativo. Através do uso de FERTTYBYO, proporcionando uma reintroduçao de microrganismos, enriquecendo a biota do solo pode amenizar esses efeitos negativos através de diversos mecanismos, por exemplo, mantendo a absorção de água e as trocas gasosas da planta (resfriando assim as folhas por meio da transpiração), mantendo a nutrição da planta, reduzindo o acúmulo de espécies reativas de oxigênio, alterando os níveis de fitohormônios e a ativação de proteínas de choque térmico.
Embora haja um interesse crescente na aplicação de inoculantes microbianos para melhorar a produção agrícola sob o aumento das temperaturas, em teoria, os microrganismos do solo tolerantes ao calor poderiam melhorar o crescimento das plantas durante a restauração sob esse clima de aderso porém, existem poucos exemplos exitosos em sistemas naturais. Portanto, ainda não está claro se o pré-condicionamento térmico da biota do solo poderia ajudar na restauração.
Ou seja, não significa que, utilizar esses microrganismos que passaram por stress vão beneficiar plantas inoculadas em um momento de seca, mas exemplifica que o uso de variabilidade de microrganimos vão favorecer a planta nesse momento.
O prejuízo da fertilidade do solo devido à salinização é um problema crescente em todo o mundo (particularmente em ecosistemas de sequeiro). Portanto, métodos que melhoram a tolerância das plantas à salinidade, são altamente desejáveis para aplicações agrícolas e ecológicas.
Os microrganismos do solo podem desempenhar um papel fundamental na tolerância das plantas e na melhoría do crescimento das plantas em solos salinos, por exemplo, a infecção por fungos micorrízicos arbusculares pode induzir maior eficiência no uso de água, melhorando a osmoproteção e aumentando a regulação dos genes envolvidos nos transportadores e canais de íons de sódio e potássio.
Métodos de aplicação
A produção de cepas puras de micróbios do solo é em si um desafio significativo, sendo mais difíceis do que outros, (por exemplo, fungos micorrízicos arbusculares são recalcitrantes para a cultura in vitro e muitas bactérias do solo não são cultiváveis, em alguns casos, fragmentos de raízes infectadas também podem ser usados).
Mas se a biota de solo desejável for identificada, há várias maneiras pelas quais ela poderia ser implantada para auxiliar na restauração. Uma abordagem é usar cepas únicas de microrganismos benéficos conhecidos, o que requer um trabalho cuidadoso de isolamento e multiplicação.
De fato a introdução de toda a comunidade do solo é de fato mais eficaz para promover o crescimento das plantas em comparação com cepas individuais. Embora o uso de inoculação de solo inteiro represente uma abordagem de ‘caixa preta’, em que a identidade dos micróbios benéficos e dos mecanismos subjacentes pode ser desconhecida, esta pode ser a abordagem mais fácil e económica,
O inóculo também pode ser aplicado diretamente no campo, seja como uma camada de solo transplantadaou por meio da aplicação de ‘biofertilizantes’ especializados que contêm componentes microbianos específicos. Assim como a aplicação de inoculantes microbianos diretamente nas sementes por meio do revestimento ou peletização das sementes pode ser um método altamente eficiente no aporte direto de microrganismos para o estabelecimento de mudas e plântulas.
O método de aplicar também dependerá do tipo de biota do solo que a qual será alvo da inoculação. Bactérias cultivadas no solo, como rizóbio, podem ser aplicadas diretamente nas sementes ou no solo durante ou após a semeadura. As técnicas de inoculação de sementes são variadas e incluem polvilhar com culturas secas à base de turfa, tratar as sementes com uma pasta líquida (muitas vezes com um adesivo e solução açucarada), granular as sementes com inoculante e um revestimento (por exemplo, cal ou fosfato de rocha) ou impregnação de sementes onde um vácuo é usado para introduzir bactérias dentro ou sob o tegumento da semente.
Assim como o FERTTYBYO que é um formulaçao em alta concentraçao de diversos microrganismos conhecidos tanto no uso em cereais, assim como tambem em cultivos de frutíferas. Esses microrganismos do solo tem um papel de aumentar a tolerância das plantas à seca por meio de uma variedade de efeitos na fisiologia, bioquímica e expressão gênica das plantas, incluindo fungos micorrízicos e bactérias de vida livre e simbióticas.
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!