ENTENDIENDO LOS BIOINSUMOS 4
Em continuidade à série de informações a respeito de Bioinsumos, onde pontuaremos de pouco a pouco fatores relacionados a solo, planta, ambiente e produtos usualmente do cotidiano do produtor. Neste quarto, destacaremos um pouco a respeito de RELAÇÕES MICROBIOLÓGICAS, produtos e usos dessa tecnologia no contexto do agronegócio.
MISTÉRIOS DAS RELAÇÕES MICROBIOLÓGICAS
Para estabelecer uma relação simbiótica ou se defender contra as infecções microbianas, as plantas desenvolveram um “sistema imunológico” complexo que percebe os sinais dos microrganismos dando uma resposta adaptativa integrada, sendo benéfica para as plantas e para os microrganismos.
A planta desenvolve sinais para microrganismos, elas expelem uma série de metabólitos que ajudam a determinar e seleccionar a microbiota do solo, pois servem de moeda de troca nessas relações como: açúcares, metabólitos orgânicos, ácidos orgânicos, compostos fenólicos, flavonóides, que vão atuar como moléculas de sinal, mediando interações no rizobioma, como alimento e energía para os microrganismos.
Por sua parte, os microrganismos desenvolvem “ações benéficas” às plantas em resposta por esta troca, promoção de crescimento das plantas como estímulo da produção de fitohormônios, como auxina e citoquinina além de estímulo à atividade de ciclo biogeoquímico, N-Acetil-L homoserina lactosa (AHL’s) que são reconhecidas pelas plantas e modulam o mecanismo de defesa, compostos orgânicos voláteis, (VOC’s) promotores de crescimento.
Agindo em sinergia, os exsudatos radiculares defensivos forma uma camada protetora diversa e flexível de compostos químicos no rizobioma. Além disso, os microrganismos desenvolvem também relações entre microrganismos, como predatismo, antagonismo e comunicação entre eles, algo mais além disso, exercem um papel de regulação gênica, como produção de antibiótios.
Portanto o rizobioma não se trata somente de um lugar onde os patógenos encontram as plantas, mas também uma zona de proteção microbiana, que serve como uma linha de defesa que protege a planta contra infecções, primeiramente por esta densa camada de relações intrínsecas de microrganimos e posteriormente a formação de biofilme para controle de resistência e virulência, como também uma relação de autoindução, ou ativação das fitoalexinas.
Em resumo, a atividade microbiológica não se limita somente à fixação biológica na formação de nódulos e etc… muito fatores como o efeito na rizosfera e a matéria orgânica do solo, precisam ser considerados nas interações exsudato radicular-rizobioma. Neste contexto,existe um universo enorme e complexo de sistemas, associações, relações entre organismo-planta e ambiente, que estamos ainda no começo da caminhada de entendimento dessas atividades.
Esse tipo de insumo promove a agricultura sustentável e reduz os impactos em comparação com os agroquímicos comuns.