Anomalia da soja, o que será?
/em Não categorizado/por arvensisagroÉ um problema relativamente novo, relata-se casos desde as ultimas 4 safras, iniciando-se os primeiros relatos em Mato Grosso, no entanto, atualmente já se comenta a ocorrencia nas regiões do Pará, Tocantins e Goiás. Há grande mobilização e pesquisa por parte de consultores e pesquisadores de diversas regiões e centros de pesquisa, como por exemplo: Embrapa, Fundação Rio Verde, UFMT, Fundação Mato Grosso.
Ainda não se sabe ao certo o que vem causando a anomalia da soja, ou a soma de fatores que vem impactando negativamente os cultivos, porém dentre as possíveis causas, se considera fatores bióticos e abióticos.
Até o momento, o que se observa ou o que se torna mais perceptível são plantas no final do ciclo reprodutivo: Acamamento das plantas, quebramento das plantas, estrías nas hastes (correlacionado ao quebramento e ao acamamento) parede celular mais frágeis, daí ja surgem algumas possiveis soluções em como poder aumentar a lignina nas plantas; além dessas características na parte basal e interna das plantas, pecíolos mortos e necrosados, bainhas lesionadas, má formação de grãos e/ou apodrecimento dos grãos.
Figura 1: Apodrecimento de vagens
Figura 2: Má formação de grãos
Depois de avaliar tantos pontos, já se sabe que não está relacionado a uma variedade especifica de soja, tão pouco está relacionado à região, pois já se vem propagando em várias regiões em diferentes altitudes, tipos de solo, inclusive em variadas áreas de precipitação pluviométrica e latitude distintas.
Dentre possíveis fatores, há o fator nutricional, mas até o momento não há algo que aparenta ser o fator determinante, mediante uma carência ou uma quantidade exagerada de nutrientes no solo; pois após avaliações em folhas, hastes, grãos e vagens, se levantou a hipótese dos baixos teores de silicio ou boro mas até então nada conclusivo, quer dizer ,que mesmo com as variações de solo e “desbalanços” nutricionais de base e/ou foliar em forma geral, o que não vem a afetar diretamente a ocorrência da anomalia.
Diante das observações realizada até o momento, a anomalia apresenta na fase final do ciclo, já no enchimento de grãos; porém a enfermidade já vem se desenvolvendo desde o início da cultura, analizando grãos e vagens com e sem síntomas, foram encontrados fungos já descritos na cultura da soja, como: Cercospora sp., Phomopsis sp., Fusarium sp., Phoma sp., Colletotrichum sp..


Figura 3: Abertura pré matura das vagens
Assim que, a estrategia utilizada por produtores e consultores até então é o modo preventivo, antecipar a entrada com aplicações de fungicidas, de forma mais frequente, com uma boa cobertura foliar, com objetivo de reducir da presença do complexo de fungos.
Uma proposta viável é incluir no cronograma de aplicações o GLOPPER®, que é a nova geração de cobre tribásico de ação sistémica junto às aplicações de fungicidas; este nutriente agindo dentro da planta desempenha 3 funções fisiológicas: nutricional, protetor e indutor de síntese de fitoalexinas; o GLOPPER® apresenta um residual persistente nas culturas de até 21 dias*, o que pode significar um efeito protetivo muito importante diante a essa problemática.
Para que o produtor possa enfrentar a anomalía, deberá fazer uso de interação genética e tratamentos preventivos; com a busca de materiais mais resistentes e claro, melhorando os tratamentos fúngicos preventivos; essa interação permitirá uma maior proteção podendo até se estimar que seja a solução.
Muito trabalho ainda está sendo realizado, nada ainda está definido, há uma variedade de possíveis causas e pesquisadores empenhados em trazer a solução diante essa problemática tão agresiva.
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